domingo, 14 de agosto de 2016

DIABETES MELLITUS



É uma doença metabólica, crônica caracterizada por hiperglicemia (alta concentração de glicose sanguínea) é decorrente da liberação insuficiente de insulina ou a incapacidade da sua utilização nas células, também chamada de resistência insulínica.


Insulina é um hormônio produzido nas células  B do pâncreas que tem papel hipoglicemiante ou seja, responsável de fazer a captação da glicose circulante no sangue e transportar para as células, que utilizam-na como fonte de energia para manter o funcionamento geral do seu metabolismo celular.




 Tipos de diabetes


·         Tipo I :  Uma doença autoimune decorrente de um defeito na tolerância imunológica, o sistema imune passa a produzir anticorpos contra as células beta,  presentes na ilhotas de Langerhans, resultando na destruição total ou parcial dessas células. O pâncreas perde a capacidade de produzir insulina suficiente para manter o controle da glicemia. Esse tipo de diabetes necessita de injeções diárias de insulina.

·         Tipo II : Ocorre produção de insulina, porém as células possuem mecanismos de resistência a insulina, não conseguem utilizar desse hormônio para o transporte da glicose.

·       Diabetes gestacional:  Ocorre um aumento da concentração de glicose sanguínea no período de gestação e essa condição muda geralmente após o parto.

Causas de Diabetes


As principais causas para o desenvolvimento da doença são fatores genéticos, o estilo de vida dos indivíduos como os seus hábitos alimentares, sedentarismo, sobrepeso ou obesidade. O que podemos observar é que as mudanças comportamentais ao longo das gerações têm influenciado diretamente no desenvolvimento precoce de doenças crônicas, incluindo diabetes.  Com a correria do dia a dia as pessoas têm buscado facilitar cada vez mais suas preparações alimentares, com isso aumentou consideravelmente o consumo de produtos industrializados com diminuição progressiva da ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados.
Essa transição alimentar é marcada por uma ingestão excessiva de açucares, gorduras e nutrientes pró-inflamatórios levando a diversas alterações no organismo como resistência a insulina.

Sinais e alterações no organismo


            Altas concentrações de glicose sanguínea em períodos de jejum, os sintomas de “ 4  Ps” poliúria (presença de açúcar na urina), polifagia (sensação de fome excessiva), polidipsia (sede excessiva) e perda de peso. Outro sintoma presente é a dificuldade de cicatrização principalmente nos membros inferiores o que pode gerar amputações de membros interferindo na qualidade de vida do individuo.

 Tratamento


            Doença crônica e o tratamento deve ser mantido ao longo da vida, incluindo os medicamentos hipoglicemiantes orais, ou uso da insulina dependendo do tipo de diabetes que o individuo for diagnosticado. É Importante destacar que mudanças de hábitos alimentares e prática regular de exercícios físicos complementam o tratamento medicamentoso.


domingo, 7 de agosto de 2016

CARBOIDRATOS (CHO)






“Carboidratos, hidratos de carbonos, glicídios ou açúcares” são macromoléculas mais abundantes na natureza. Suas ligações químicas são ricas em energia cuja quebra resulta na produção de energia na forma de ATP. Na dieta do homem, deve conter em média 55% á 60% de CHO  presentes no consumo diário total. São encontradas diversas fontes alimentares: Pães, massas, melados, frutas, açúcares, geléias,tubérculos, legumes, vegetais, hortaliças, leite e etc.  

A glicose é uma fonte rápida e primária de energia, é oxidada pelas células do corpo, sendo o principal substrato energético do sistema nervoso central, participa e regula vários ciclos metabólicos, conferindo sua grande importância biológica. Em altas concentrações sanguíneas o organismo entende que essa energia deve ser armazenada, então a glicose é convertida no fígado em glicogênio e armazenada no fígado (glicogênio hepático) e nos músculos (glicogênio muscular).  A via da glicogenólise (quebra do glicogênio) é ativada quando os níveis de glicose sanguínea estão baixos e o glicogênio é oxidado liberando glicose na corrente sanguínea, em momentos de privação de substrato energético.  Mantendo assim o suporte de glicose para as células do sistema nervoso central e demais tecidos do organismo.

Classificação:


·         Monossacarídeos: São carboidratos simples que não são hidrolisados á moléculas menores no processo de digestão e são absorvíveis pelo organismo sem sofrer alterações. Os principais são: Glicose, frutose (açúcar das frutas), galactose.



·         Dissacarídeos: Carboidratos formados pela junção de dois monossacarídeos. Na digestão sofrem ação de enzimas que catalisam a quebra de ligações glicosídicas com formação de dois monossacarídeos.


Maltose por ação da enzima maltase libera ( Glicose + Glicose )
Sacarose por ação da enzima sacarase libera ( Glicose + Frutose )
Lactose por ação da enzima lactase libera  ( Glicose + Galactose )



·         Polissacarídeos: Carboidratos complexos são formados por várias moléculas de monossacarídeos podendo  chegar a 3.000 unidades ou mais. Desempenham uma importante função de reserva energética nos animais em forma de glicogênio e nas plantas como amido.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

SARCOPENIA - Associada ao envelhecimento

Sarcopenia é definida como a perda progressiva da massa muscular esquelética e força associada ao envelhecimento.







Importância do tecido muscular esquelético


A musculatura esquelética constitui o maior tecido do corpo e compreende a maior massa celular e componente proteico do organismo. Sob a coordenação nervosa (motoneurônio) constituem a unidade motora responsável pela locomoção, força, movimentação e autonomia funcional do indivíduo, assim como seu desempenho físico.


“ A massa muscular é resultado da síntese e catabolismo proteico”


Com o envelhecimento, ocorrem alterações da composição corporal, como o aumento da adiposidade e diminuição da massa corporal magra, particularmente, a massa muscular esquelética.

Diferentes fatores contribuem para o desenvolvimento da sarcopenia, incluindo alterações hormonais, perda de neurônios motores, nutrição inadequada, inatividade física ou inflamação crônica. Essas alterações têm sido apresentadas até mesmo em indivíduos saudáveis, fisicamente ativos, resultando em perda da massa muscular de, aproximadamente, 1% a 2% por ano, a partir dos 50 anos de idade.  

A redução da ingestão alimentar é um fator importante no desenvolvimento e progressão da sarcopenia, principalmente quando associada a outras co-morbidades. Múltiplos mecanismos levam à ingestão alimentar reduzida no idoso, tais como perda de apetite, redução do paladar e olfato, saúde oral prejudicada e saciedade precoce. 

 Quais são as consequências?


Na senescência essa perda de massa muscular esquelética está associada à diminuição da força, da potência do músculo com maior probabilidade de quedas e fraturas. A incapacidade funcional que influencia na autonomia, no bem-estar e na qualidade de vida dos idosos.


 Tratamento


     Uma alimentação adequada com a prática regular de exercícios é fundamental para  retardar a perda decorrente do próprio envelhecimento, promover menor  impacto sobre a qualidade de vida dos idosos. Dessa forma, vale a pena ressaltar que a prevenção é a estratégia mais importante e eficiente para atingir esses objetivos.  


Referências: